sábado, 27 de agosto de 2011

TEMA DE REDAÇÃO PARA DISCUSSÃO EM AULA NOS DIAS 31 DE AGOSTO E 01 DE SETEMBRO

Escreva uma dissertaçao em prosa sobre um dos seguintes tema:

1. Num contexto de crise, como o que vivemos hoje, quais poderão ser os desdobramentos futuros(sociais, econômicos, políticos) tanto locais quanto globais?

2. O sonho da Unificação Europeia está se liquefazendo.


Crise

n substantivo feminino
1 Rubrica: medicina.
o momento que define a evolução de uma doença (para melhor ou pior)
2 Rubrica: medicina.
dor paroxística, com distúrbio funcional em um órgão
3 estado de súbito desequilíbrio ou desajuste nervoso, emocional
Exs.: c. de nervos
c. de choro
4 eventual manifestação repentina de um sentimento, agradável ou desagradável
Ex.: c. de amabilidade, de ciúme
5 estado de incerteza, vacilação ou declínio
Ex.: c. de fé
6 episódio desgastante, complicado; situação de tensão, disputa, conflito
Exs.: na c. albanesa, caiu o governo maoísta
envolveu-se em dilacerante c. amorosa
7 situação de falta, escassez, carência
Exs.: c. de matéria-prima
c. do abastecimento
8 Rubrica: economia.
grave desequilíbrio conjuntural entre a produção e o consumo, acarretando aviltamento dos preços e/ou da moeda, onda de falências, desemprego etc.
8.1 Rubrica: economia.
fase de transição entre um surto de prosperidade e outro de depressão, ou vice-versa

(Dicionário Houaiss)

29/07/2011


O que os atentados da Noruega revelam sobre a crise econômica

Atentado na Noruega é a ponta de um fenômeno que pode ser catastrófico para a humanidade

Por Ricardo Cabral

Vivemos hoje uma das maiores crises econômicas das últimas três décadas. Nos cadernos de economia da grande mídia, os fatos aparecem isolados, como recessões pontuais desconectadas umas das outras. A verdade, porém, é que a crise que hoje assombra a Europa teve início há exatos quatro anos – e seus desdobramentos podem ser muito mais graves do que imaginamos.

Em 2007, uma crise imobiliária fortíssima atingiu os Estados Unidos, quando milhares de cidadãos, impulsionados pelo crédito fácil, contraíram altas dívidas em hipotecas. Com o aumento das taxas de juros e a diminuição dos preços dos imóveis, uma quantidade surpreendente de americanos teve seu patrimônio dilacerado. Ao cabo de alguns meses, a situação levou a uma onda de calotes e de baixas no consumo. Em 2008, as circunstâncias eram tais que acabaram deflagrando o estouro de uma bolha financeira, cujo marco inicial foi o colapso do Lehman Brothers e do Merrill Lynch.

A ameaça de quebra de bancos e seguradoras, à época, gerou um abalo profundo nas principais bolsas ao redor do mundo e levou crise a diversos países, centrais e periféricos, na entrada do ano de 2009. Poucos foram os Estados que seguraram a onda, como o Brasil, que experimentava um processo de intenso crescimento econômico no último triênio do governo Lula.

Nesse contexto, ao longo dos últimos dois anos, observamos diversos pacotes de austeridade econômica tentando ser aprovados nos parlamentos europeus, enquanto Irlanda, Grécia, Portugal e Espanha, por exemplo, caíam em profunda depressão. Assim, para responder às crises, dos EUA à Zona do Euro, bilhões de dólares de contribuintes eram utilizados para sanar os prejuízos deixados por banqueiros e megainvestidores milionários.

Agora, ainda que os jornais pouco falem sobre o assunto estruturalmente, estamos em uma intensa crise do sistema capitalista. Além de se espalhar pela Europa – atingindo outros países, como a Alemanha e a Itália –, ela está de volta aos EUA, com a crise da dívida, e já ameaça chegar ao Brasil, durante o governo Dilma.

“Somente uma crise – real ou pressentida – produz mudança verdadeira. Quando a crise acontece, as ações que são tomadas dependem das ideias que estão à disposição. Esta, eu acredito, é nossa função primordial: desenvolver alternativas às políticas existentes, mantê-las em evidência e acessíveis até que o politicamente impossível se torne o politicamente inevitável.”

A conclusão é de Milton Friedman, o guru do capitalismo neoliberal. E ele tem toda razão. Neste momento, como vemos nos movimentos populares europeus, os danos abandonaram a virtualidade do capital financeiro para atingir a vida real, com sérios prejuízos socioeconômicos, já que a pauta anticrise dos governos é a mesma: privatizações e cortes profundos nos direitos sociais.

(...)



Ricardo Cabral é jornalista e pesquisa na área de comunicação, cultura e política. Entre em contato com o autor pelo twitter @_ricardocabral



A crise da União Europeia

Enviado por luisnassif, qua, 17/11/2010 - 08:22

Coluna Econômica

A União Europeia passa pelo maior desafio de sua história, desde a criação do euro.
Em 1o de dezembro de 2009 entrou em vigor o Tratado de Lisboa, substituindo os tratados da União Europeia e da Comunidade Europeia.
O novo Tratado trouxe uma série de inovações.
Primeiro, reforçou o Parlamento Europeu. Os deputados passaram a ser eleitos por voto direto e o Parlamento teve seus poderes ampliados.
Para contrabalançar esse aumento de influência, conferiu aos parlamentos nacionais o poder definir em que situações a UE poderia intervir em países – apenas quando comprovado que sua atuação seria mais eficiente que a dos estados nacionais.
Também permitiu as emendas populares, a apresentação de propostas diretamente ao PE, desde que subscrita por mais de um milhão de eleitores.
Finalmente, pela primeira vez reconheceu explicitamente a possibilidade de um Estado membro se desligar da UE.
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Parecia que a UE entraria na reta final de consolidação. A primeira foram os acordos comerciais, ainda nos anos 60. Depois, a consolidação do equilíbrio fiscal dos diversos países e a definição de regras para que os mais fortes amparassem os mais fracos, visando a criação de um continente homogêneo.
Finalmente, o fortalecimento do Parlamento Europeu, podendo legislar para todos os países.
A crise econômica global criou riscos enormes a essa integração – que explodiram ontem em impasses de difícil resolução.
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O impasse surgiu em função do não cumprimento das metas fiscais acordadas com a Grécia – um dos países que mais sofreu com a crise.
A UE acertou um empréstimo de US$ 150 bilhões à Grécia, em troca da redução do seu déficit fiscal. US$ 30 bi já haviam sido liberados quando se constatou que a meta não seria atingida. Constatou-se que o déficit de 2009 chegou a 15,4% do Produto Interno Bruto (PIB), quase dois pontos acima das metas acertadas.
Esse susto se deu ao mesmo tempo em que a Irlanda passava a sofrer ataques especulativos, depois de previsões dando conta de um déficit da ordem de 32% do PIB. Embora em melhor situação, Portugal também lançou despertou desconfianças, com seu déficit de 7,3% do PIB.
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Esse conjunto de más notícias acabou provocando conflitos entre o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu – formado por Ministros das Finanças dos países-membros.
***
O pano de fundo dessa crise é mais grave. Antes da UE, países em dificuldades econômicas tinham liberdade para manobrar suas políticas monetária e cambial. Com a moeda única, cada país membro teve que abrir mão desses instrumentos.
Em período de crescimento econômico, consolidou-se a ideia de que seria possível a construção de uma região homogênea, com países em um mesmo nível de competitividade.
Não seria um tratado que colocaria no mesmo nível o potencial industrial da Alemanha e as fragilidades do Leste Europeu, a pujança da França e de países que só nas últimas décadas começaram a escalar o desenvolvimento – como Portugal e Espanha.
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Agora, resta esperar que o bom senso impeça a implosão da UE e encontre ferramentas capazes de compatibilizar os interesses nacionais com o geral.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-crise-da-uniao-europeia



Crise na UE: o futuro do euro está em risco?

(...)“A Europa da zona do euro (16 países) não pode ter uma política monetária e 27 políticas fiscais (UE 27) distintas”, observa Robert Tornabell, professor de finanças da Esade e autor do recém-lançadoO dia depois da crise. Os EUA, diz ele, “têm uma moeda única que obedece a uma mesma política monetária e, naturalmente, uma política fiscal idêntica para todos os Estados da União (incluindo o Alasca, Havaí etc.)”.
Os defensores dessa teoria argumentam que a União Europeia precisa de uma vigilância e de uma supervisão muito mais rígidas e consideram fraco o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), um acordo regional celebrado em 1997 com o objetivo de facilitar e de manter a união econômica e monetária. O pacto estabelece atualmente como limites de déficit dos países 3& do PIB e 60% da dívida pública. Contudo, a Comissão Europeia abriu um precedente em 2004 ao perdoar uma sanção à Alemanha e à França por ultrapassarem esses limites. Trata-se de um terreno para o qual George Soros pede um “monitoramento mais drástico”.
Em meio a esse cenário vem à tona outro debate que está chamando a atenção nos últimos meses: o abandono do euro por alguns países. Os países que mais estão sofrendo com a crise poderiam cair na tentação de voltar a ter ao alcance das mãos a possibilidade de desvalorizar a moeda, baixar as taxas de juros ou emitir mais moeda para impulsionar o consumo. Essa é uma possibilidade que Rafael Pampillón, diretor da área de economia da Escola de Negócios IE descarta. “Ninguém vai abandonar o euro”, diz, “e se algum país tiver se endividado demais, e não consegue agora pagar o que deve, que se declare falido”, acrescenta.(...)




União Européia: Quando o sonho virou pesadelo, por João Bosco Monte
10/03/2011


Atualmente, quando se fala de integração europeia, três grandes perspectivas quase que imediatamente vêm à tona: paz, crescimento e prosperidade. Estes aspectos são intimamente interligados e podem ser referidos como cooperadores para uma mesma necessidade mais básica, a segurança.
As razões pelas quais os Estados que haviam sido inimigos durante vários séculos se uniram para cooperar foram diversas. A primeira razão era a situação devastadora na Europa no final da Segunda Guerra Mundial, que chamou a atenção de líderes políticos como Konrad Adenauer, Robert Schuman e Jean Monnet, dentre outros,para a construção de um novo modelo de cooperação.
A outra razão finalmente foi a pressão externa, exercida principalmente pelos
Estados Unidos, que não só queriam evitar a eclosão de outra guerra dentro do continente europeu, mas que também viu uma Europa unida como um baluarte contra a nova ameaça comunista representada pela União Soviética. Assim, houve uma motivação interna e outra externa que influenciaram a ideia de segurança cooperativa na Europa.
Mas o que devemos esperar em relação ao futuro da Europa quando nos referimos à sua integração? O lema da União Europeia -Unidade na Diversidade- parece cada dia mais distante da realidade dos cidadãos comunitários e o que se percebe é que os discursos dos representantes de vários Estados da Europa,contrastam com seus antecessores,onde se torna mais comum a intenção de proteger os interesses nacionais.

Mas o que devemos esperar em relação ao futuro da Europa quando nos referimos à sua integração? O lema da União Europeia -Unidade na Diversidade- parece cada dia mais distante da realidade dos cidadãos comunitários e o que se percebe é que os discursos dos representantes des vários Estados da Europa,contrastam com seus antecessores,onde se torna mais comum a intenção de proteger os interesses nacionais.
As Ilhas Canárias, o Estreito de Gibraltar e o mar Negro foram nos últimos anos, zonas de intensa imigração ilegal, pelo qual com o novo sistema de vigilância, Eurosur, que deverá começar suas atividades nos primeiros meses, centrará o atendimento principalmente nessas zonas. Os dados sobre ingresso de estrangeiros ilegalmente no continente assustam as autoridades: em 2010, somente na Grécia, entraram 80 mil imigrantes de forma ilegal, oriundos principalmente da Albânia, Somália, Afeganistão e Iraque; também chegaram muitos palestinos.
Assim, em meio à onda de manifestações no mundo árabe Médio Oriente, e a tentativa de entrada de egípcios e tunisianos na Europa, muitos de maneira ilegal, alguns líderes do Velho Continente, como o premiê britânico David Cameron, ou o presidente francês Nicolas Sarkozy, admitiram que o “multiculturalismo” não alcançou o êxito esperado nas sociedades européias.
http://www.google.com.br/#hl=pt-BR&q=crise+e+sonho+da+uniao+europoeia&oq=crise+e+sonho+da+uniao+europoeia&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=s&gs_upl=0l0l2l4100l0l0l0l0l0l0l0l0ll0l0&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.&fp=530639ffe1b7da9b&biw=1024&bih=661



Crise econômica pode acabar com a união européia

(...) É importante compreender que as origens da crise atual estão precisamente no sonho da união política na Europa. Para os que crêem realmente nessa ideia, a união monetária sempre foi apenas um meio para chegar a uma finalidade maior. Era uma maneira de “construir a Europa”.
Se pedaços da construção – como um Ministério das Finanças europeu – estivessem a faltar, poderiam ser acrescentados mais tarde. Helmut Kohl, chanceler alemão no início dos anos 1990, estava tão convencido da necessidade de enraizar uma Alemanha unificada na União Europeia que se dispôs a implementar o euro, mesmo enfrentando a oposição de 80% do público no seu país.
Num seminário em Londres, na semana passada, o ex-ministro do Exterior alemão Joschka Fischer, um dos mais ousados defensores de uma unidade europeia mais profunda, mostrou-se ferrenho na defesa desse modelo de política.
(...) A consequência é que o espaço para manobras políticas estreita-se cada vez mais de ambos os lados da divisão credores-devedores da Europa. O governo grego mal consegue formar uma maioria para impor a aprovação do seu pacote de austeridade mais recente. O governo alemão de Angela Merkel está perder apoio e enfrenta um público cada vez mais eurocéptico. Enquanto isso, partidos anti-europeus radicais estão em ascensão, em países credores, como a Finlândia e a Holanda. A maioria dos líderes europeus afirma, com aparente despreocupação, que fará o que for preciso para salvar o euro.

(Site: O País. Disponível em http://www.opais.net/pt/opais/?id=1550&det=21835)



CHEGA DE CRISE!

Luiz Carlos Bresser-Pereira
Folha de S.Paulo, 15.08.11

(...) Na Europa como nos Estados Unidos a origem da crise foi a dívida privada, mas esta já está em processo de estatização. O que é injusto, mas inevitável. No capitalismo, na prosperidade, os lucros são privados, na crise, os prejuízos são socializados. Mas no último acordo os governos lograram passar uma parte do custo da reestruturação (diminuição) da dívida para os bancos. O BCE está firmemente concedendo créditos à Espanha e à Itália, depois de havê-lo feito para a Grécia, a Irlanda e Portugal.
Está na hora de os mercados financeiros se acalmarem. O nervosismo da última semana não surgiu do nada, mas é irracional. Nem os dados econômicos, nem os financeiros justificam um novo 2008. Justificam, contudo, que se cobre mais impostos dos ricos para contrabalançar a socialização das dívidas que as políticas neoliberais e ortodoxas causaram ao aumentar irresponsavelmente a dívida do setor privado e desregularem o sistema financeiro.

(Disponível em http://www.bresserpereira.org.br/Articles/2011/117.Chega_de_crise.pdf)




04/07/2011 - 03h00

Crise na Grécia mostra falhas do euro, diz analista


VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES


Há quase um consenso entre acadêmicos de que a crise econômica na Europa, com a Grécia à beira de um calote, escancara as falhas no projeto de criação do euro, a moeda comum de 17 países do continente.
Países com economias e finanças diferentes foram tratados como iguais e o tempo mostrou que não há uma receita única para todos.
Em entrevista à Folha, Kevin Featherstone, professor da London SchoolofEconomics especializado em Grécia e na formação da União Europeia, afirma que os problemas foram agravados porque os líderes europeus não souberam agir depois da crise global de 2008. "Ficaram atrás dos mercados, não à frente", diz.
Ele acredita que a melhor saída seria criar um Ministério das Finanças para a zona do Euro. Aposta também que essa é uma crise de confiança de curto ou médio prazo, mas que não é o fim do sonho de uma Europa unida. "É uma batalha contra os mercados que a Europa irá ganhar".

(...)
Folha - Essa crise representa o fim do sonho de um continente unido? É o fim do sonho de uma moeda única?
Featherstone - Não. Temos de compreender que o progresso da UE foi em ondas. Existem muitas contingências históricas a atuar no progresso ou recuo da UE. Talvez Angela Merkel [premiê alemã] perca a próxima eleição geral na Alemanha. É possível também que a França tenha um novo presidente a partir de 2012.
Há demasiados interesses no projeto europeu para que ele colapse. Esta é uma crise de confiança de curto ou médio prazo. É uma batalha contra os mercados que a Europa deve ganhar.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/938379-crise-na-grecia-mostra-falhas-do-euro-diz-analista.shtml


Zygmunt Bauman

"Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar"


A atual crise financeira tem potencial para mudar a forma como vivemos?

Zygmunt Bauman - Pode ter ou não. Primeiramente, a crise está longe de terminar. Ainda veremos suas conseqüências de longo prazo (um grande desemprego, entre outras). Em segundo lugar, as reações à crise não foram até agora animadoras. A resposta quase unânime dos governos foi de recapitalizar os bancos, para voltar ao “normal”. Mas foi precisamente esse “normal” o responsável pela atual crise. Essa reação significa armazenar problemas para o futuro. Mas a crise pode nos obrigar a mudar a maneira como vivemos. A recapitalização dos bancos e instituições de crédito resultou em dívidas públicas altíssimas, que precisão ser pagas pelos nossos filhos e netos — e isso pode empobrecer as próximas gerações. As dívidas exorbitantes podem levar a uma considerável redistribuição da riqueza. São os países ricos agora os mais endividados. De qualquer forma, não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação a elas.


http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalhe/102755_VIVEMOS+TEMPOS+LIQUIDOS+NADA+E+PARA+DURAR

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