segunda-feira, 12 de março de 2012

TEMA: A partir da relação entre este quadro e os textos l e 2 [ver aula], é possível afirmar que tudo é relativo? E que a realidade é ilusão? Redija uma dissertação, defendendo o seu ponto de vista a respeito.

O SENTIDO DAS PALAVRAS-CHAVE


Relativo: Que mostra relação. Que se refere, referente. Que é calculado em referência a uma proporção, a um valor comparativo; proporcionado. Relativo se diz do ser que está em relação a outro, ou que é portador de uma relação. Relativo se diz também do que implica limite ou restrição; do que depende, para existir, de outro ser.

Relativismo: Designação genérica das doutrinas que consideram o conhecimento humano impotente (agnósticos, céticos etc.) para atingir a verdade, a essência das coisas, ou que afirmam ser essa essência dependente da situação em que se encontra a pessoa; existiria, assim, uma verdade para cada pessoa e a verdade seria relativa a cada ser humano.

Relativismo moral: É a teoria que sustenta não existirem normas objetivas baseadas na realidade essencial dos seres, que fundamentem a conduta humana. Esta seria dependente da vontade individual ou da vontade coletiva. O que é moral ou imoral, justo ou injusto, bom ou mau, estaria na dependência total do que a pessoa ou os grupos de pessoas julgassem moral ou imoral, justo ou injusto, bom ou mau. (Álvaro Magalhães, Dicionário Enciclopédico Brasileiro).

Absoluto: Independente; que não reconhece superioridade; sem restrições; ilimitado; incondicional; soberano; único; abstrato; incontestável; cabal; puro. (Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa).

Objetivo: Diz-se de tudo o que tem relação com algum objeto, que dimana de um objeto. Que é um objeto para o espírito. Que depende da experiência externa; que se baseia na experiência geral. Diz-se de algo que não depende do juízo individual, motivo pelo qual todas as pessoas estão ou podem estar de acordo. Que existe de fato, não somente na ideia; que tem um ser subsistente em si mesmo. Diz-se do juízo que não se deixa levar por pressupostos ou preferências, mas vê a realidade como ela é. Em sentido puramente gramatical, objetivo é o que se refere ao objeto direto ou indireto dos verbos transitivos.

Subjetivo: Designa o que é de natureza psicológica (sentimentos, emoções, paixões); contrapõe-se ao que é objetivo, ou seja, de natureza lógica. O subjetivo se liga ao indivíduo, ao seu interior, à sua consciência. O objetivo se liga ao universal, ao exterior, ao que se pode explicar e provar pelo raciocínio (dedução, indução). Em tal sentido, os fatos subjetivos ou psicológicos são tão verdadeiros quanto os objetivos ou lógicos; apenas os primeiros se interligam por um mecanismo associativo que nem sempre se explica pelo raciocínio silogístico, como acontece com os últimos. Num emprego popular, costuma-se usar o termo subjetivo em sentido pejorativo, designando o que não tem base científica e, por isso mesmo, não deveria ser levado em conta por pessoas inteligentes. Evidentemente é um sentido preconceituoso, sem base na ciência do comportamento humano (Psicologia).

Eu, tu, ele: Os pronomes pessoais são de caráter objetivo, pois designam com precisão evidente aquele que fala, aquele com quem se fala e aquele ou aquilo de que ou de quem se fala. Costuma-se, em linguagem pejorativa e anticientífica, fazer-se referência ao emprego do pronome eu, como se esse emprego tornasse o enunciado de menor valor ou mesmo falso. Na verdade, a objetividade ou subjetividade do enunciado está no predicado, não no sujeito eu, tu ou ele. É o que se diz do sujeito que pode ser de natureza psicológica ou lógica. Assim, eu vejo, eu existo (Descartes: "Penso; logo existo") são enunciados objetivos. "Eu sou um monstro e tu és um anjo" (de Romeu para Julieta) é uma frase de caráter psicológico ou subjetivo. Em ambos os casos se enunciam verdades; no primeiro caso, de caráter lógico; no segundo, psicológico.

(Fonte: Curso de redação. Hildebrando A. de André)

Ilusão: (substantivo feminino) erro de percepção ou de entendimento; engano dos sentidos ou da mente; interpretação errônea; confusão de aparência com realidade; confusão de falso com verdadeiro. (Dicionário Eletrônico Houaiss); Real: W. Brugger, em seu Dicionário de Filosofia, diz-nos que, na hodierna terminologia filosófica, o termo "real" designa, via de regra, o ente, o que existe em oposição tanto ao que é apenas aparente quanto ao que é puramente possível. Existe em si independentemente de nossa representação e de nosso pensamento. Para Legrand, também em seu Dicionário de Filosofia, a realidade opõe-se ao imaginário e ao ilusório, mas sem estes não a concebemos. A própria alucinação é uma realidade para o alucinado (e uma outra realidade para aquele que o ouve e trata-o). Ilusão: derivando do latim illudere (ludere, "jogar" + in, "sobre"): enganar, troçar, escarnecer. Usa-se geralmente o termo "ilusão" para significar um erro ou engano dos sentidos e do juízo. Natureza da ilusão: percepção errônea ou equivocada, devido à má interpretação dos dados dos sentidos ou dos elementos de uma experiência vital. O erro não está no dado sensível, mas no que se lhe junta. (http://www.ceismael.com.br/filosofia/real-e-ilusao.htm)

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